segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O insuportável desânimo do ser

Desânimo, desânimo, desânimo... tenho sido acompanhada por esta "entidade" nos últimos dias. O fim de semana foi chuvoso, cinza e minha alma acompanhou o clima. Sinto-me mole e sem ânimo algum.
Dos acontecimentos da semana passada, dois merecem registro: o aniversário da minha irmã, no dia 4, e os preparativos para a festa de 2 anos do meu filho, que acontecerá na próxima quinta-feira.
Sobre o aniversário de minha irmã, o fato é merecedor de um post especial - mas, apesar de inúmeros ensaios, não fui capaz de redigir uma única linha sobre - e a data foi comemorada discretamente em uma pizzaria, bem ao estilo Janaína Sudário. Passei o dia todo infernizando a pobre criatura pelo telefone, entoando "Parabéns pra você" 29 vezes... acho que extrapolei esse número, tamanho meu divertimento com a atividade.

Quanto ao outro acontecimento, esse não tem sido muito divertido, porque conciliar todo o meu entusiasmo com festas infantis ao orçamento mega reduzido é tarefa dificílima e muito frustrante. Mesmo assim, a data será comemorada de uma forma agradável, pelo menos para o aniversariante e seus pequenos convidados.
Agora sobre meu deplorável estado de espírito, é inquestionável a necessidade de fazer alguma coisa para exorcizar o desânimo que assola a minha pessoa. Minha cabeça anda a mil por hora, pensando, pensando... mas os pensamentos são desconexos e não apresentam nenhuma coerência, me deixando ainda mais perdida. Além disso, o corpo, indisposto, insiste em não colaborar, reagindo negativamente a qualquer iniciativa que me permita "levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima".
Ando com claros sintomas de baixa auto-estima, constatados através de inúmeras dúvidas sobre minha capacidade como ser humano. Tenho questionado minhas habilidades e meu papel no mundo, como se nada do que já produzi até hoje tivesse importância realmente. Aliás, o que foi mesmo produzido por mim até hoje? Que legado deixarei quando partir deste mundo?
Sinto-me incapaz de solucionar problemas extremamente simples, de tomar a decisão correta e mudar o rumo da minha vida. Qual seria o rumo? Aonde quero chegar? Todas essas perguntas ficam martelando em minha cabeça e não ter as respostas causa uma frustração tão grande que minha única vontade é ficar prostrada, sem querer entender mais nada.

Quero acreditar que este momento quem-sou-eu-pra-que-sirvo-por-que-estou-aqui-pra-onde-vou vai passar, sem maiores danos - ou, na pior situação, vou parar no hospício mesmo - e conseguirei enxergar as coisas com mais clareza e, principalmente, encontrar aqui dentro a coragem para mudar esta situação.
Por enquanto, peço a quem porventura tenha paciência de ler este texto o envio de simpatias, receitas de banhos, chás, etc. para acabar com o desânimo e melhorar a disposição deste ser humano. Estou topando qualquer pajelança que me indicarem. Quem sabe dá certo?