quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Trinta e três, com muito orgulho!

Então chegou o grande dia! No meu tão esperado aniversário, completei mais um ano de vida, o trigésimo terceiro de muitos que ainda virão (se Deus quiser).

As pessoas de minha família, em geral, têm vida longa. Minha avó materna está com 95 anos de lucidez e uma inabalável vontade de viver muito ainda. Não sei precisar a idade de minha avó paterna, mas arrisco que já esteja se aproximando dos 90. Ambas apresentam os terríveis sinais da senilidade, mas ainda realizam todas as atividades com muita independência, sim, senhores!  Nada de Alzheimer, Parkinson ou outras doenças do tipo, que levam o indivíduo a tornarem-se verdadeiros bonecos nas mãos de outras pessoas.

Infelizmente, perdi meus avôs há bastante tempo, mas eles também haviam ultrapassado a barreira dos 80 anos quando partiram. Nas duas ocasiões, a "passagem" se deu de forma repentina, sem prolongado sofrimento. Meu avô paterno, a quem eu me referia como "papai", morreu dormindo sentando em seu sofá preferido.

Sei lá por que cargas d´água entrei nesse assunto; talvez seja porque, como disse no post anterior, para muitos um ano a mais na cronologia significa um a menos na existência. Eu não penso assim, mas agora enquanto reflito sobre o tema para escrever estas palavras, bateu uma vontade de relembrar meus queridos ascendentes, as raízes desta imensa árvore que é minha família.


O fato é que pretendo viver muitos anos ainda, quero ficar velhinha com a mesma disposição de minha avó materna, a quem também me refiro como "mamãe".
Mas ontem, apesar de contente pela data, pelas manifestações de carinho recebidas desde terça-feira, quando minha irmã me presenteou com uma correntinha e um pingente de menino (como aquela que ganhei no aniversário de 2009), as mensagens no celular, os telefonemas, emails, enfim, todo o ritual que envolve um aniversário, ainda me encontro num estado de total melancolia.

Neste exato momento, relembro o dia de ontem com uma sensação de não tê-lo vivido plenamente pela condição emocional em que me encontro.

Fico imensamente grata a todos que se lembraram e me cumprimentaram, pessoal ou virtualmente. Apesar de tudo, não tenho a menor vergonha, mesmo com todas as piadinhas dos colegas, da minha idade; ao contrário, me orgulho bastante desses 33 anos vividos.

Estou sem palavras... sem inspiração. Quem sabe em outro momento eu possa "devanear" mais profundamente sobre este tema. Por ora, correndo o risco de cair no lugar comum, me bastam as palavras do Rei: "se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi."